InícioSpoilers, teorias e curiosidadesA cena mais icônica de Boruto não passa de uma farsa

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A cena mais icônica de Boruto não passa de uma farsa

A estreia de Boruto emocionou muitos fãs, mas também conseguiu gerar certa frustração até o Arco da Onipotência, deixando no ar a promessa de um futuro sombrio. No primeiro capítulo, vemos a recém-destruída vila de Konoha (mais uma vez), enquanto Boruto e Kawaki se enfrentam sobre os escombros da escultura em pedra de Naruto, apelidada de Hokage. No entanto, essa premissa inicial pode não ser verdadeira.

O primeiro capítulo tem diálogos breves, que oferecem material rico para uma análise detalhada em Boruto: Two Blue Vortex. Sabemos que hoje há infinitas possibilidades de futuro, muitas delas pouco favoráveis, o que levanta dúvidas sobre se este primeiro vislumbre realmente corresponde ao que está para acontecer.

A famosa cena de estreia de Boruto foi prevista por Koji Kashin

Se formos pensar bem, uma Konoha destruída é algo bastante previsível, considerando que o ataque de Orochimaru e Pain chegou a reduzir a vila a uma cratera. Isso mostra que a visão de futuro apresentada em Boruto não é incomum.

Mas em Boruto: Two Blue Vortex, foi revelada a habilidade de Presciência de Koji Kashin, que permitiu que ele prevesse o futuro, e que haveria esse confronto. Vale ressaltar também que Koji previu outros acontecimentos, vários ainda piores, incluindo um em que Jura matava Boruto, Kawaki era devorado e a Árvore Divina surgia para matar toda a vida no planeta.

Essa previsão foi descrita como o pior futuro possível, no entanto, há várias coisas que não fazem sentido. Boruto e Kawaki não lutariam antes de derrotar Jura, e Jura não permitiria que nenhuma das Árvores Divinas, os agressores mais prováveis, causasse destruição em Konoha, conforme mostrado no capítulo 25 de Boruto: Two Blue Vortex.

Jura pode não estar morto no flashforward de Boruto

No capítulo 25 de Boruto: Two Blue Vortex, Amado Sanzu faz uma afirmação, dizendo que Jura talvez não esteja morto. Essa afirmação deve ser encarada com muita cautela. Na verdade, isso tornaria o salto temporal mais plausível. 

Mikio Ikemoto, em 2019, durante uma entrevista comemorativa do lançamento do Manga Plus, declarou que queria que a história se conectasse àquela cena de abertura. “Quanto ao desenvolvimento futuro da história, ela girará em torno de Kawaki, então não quero que os fãs percam isso. Quero que eles vejam como a química entre Kawaki e Boruto se transforma e como isso se conecta à cena de abertura do primeiro episódio.”

Essa citação não precisa ser entendida de forma estritamente literal. A narrativa evolui, os planos mudam, como os vislumbres de um design mais sombrio da forma Gear 4 Snakeman de Luffy em One Piece.

Ikemoto já chegou a dizer que queria que a história como um todo fosse concluída em 30 volumes, uma meta de concisão ambiciosa, mas pouco realista para um mangaká.

O fato de Jura não estar presente no flashforward não prova que ele morreu. O uso do Kāma por Boruto contra o de Kawaki implica que ele ainda tem Momoshiki dentro de si, mesmo após ter prometido ceder o controle aos Ōtsutsuki quando Jura foi derrotado, conforme o capítulo 25 de Boruto: Two Blue Vortex. Mas tudo indica que a cena entre Boruto e Kawaki pode não ser o desfecho do mangá.

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Boruto x Kawaki pode não ser o futuro mais sombrio

A habilidade de Presciência de Koji Kashin é poderosa, mas a gama de futuros que ele consegue ver muitas vezes se torna confusa. Somente ao observá-los e transmitir informações a Boruto, no capítulo 13, ou a Shikamaru e Inojin, no capítulo 26, esses futuros se modificam.

Ele transmite informações suficientes apenas para evitar baixas em massa, possibilitando momentos como o despertar do Mangekyo Sharingan de Sarada no capítulo 21. No entanto, o confronto entre Boruto e Kawaki, com Momoshiki ainda implícito ao lhe conceder poder, dá entender que Jura não foi realmente derrotado ou que Boruto optou por não cumprir sua parte do acordo, contradizendo o que diz a Koji no capítulo 26. Isso é importante porque Naruto continua preso no Daikokuten, o que impede Jura de absorver seu alvo. 

O confronto entre Kawaki e Boruto, pelo fato de ambos estarem vivos, significa que a Árvore Divina não consumiu o planeta. Não é o pior cenário possível; enquanto a versão do mangá do capítulo 1 indica Boruto declarando isso como o “único resultado possível”, o anime, curiosamente, traduz a cena mostrando Boruto fazendo a mesma pergunta a Kawaki, que a confirma.

Mesmo que o flashforward de Boruto x Kawaki seja de fato o que acontece, não é o clímax da série, isso é o que os leitores sabem até agora.

Linhas temporais em Boruto confundem a cena de abertura

Com a história de Ikemoto e Masashi Kishimoto agora abrindo as possibilidades previstas por Koji, e os capítulos seguintes revelando um planejamento minucioso, essa imprevisibilidade entra em conflito direto com a ideia de um futuro definido. 

Sob uma perspectiva metalinguística, podemos afirmar que quase seria preferível que essa fosse inicialmente a visão de Koji, dividida com os leitores, e posteriormente alterada.

Mas voltando ao ponto sobre os planos de Ikemoto para a série, outro indício de que eles podem ser alterados é que, para a série terminar em 30 volumes, contando os 20 iniciais de Boruto, o mangá tem um ano para concluir, com quatro capítulos por volume.

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