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Sailor Moon se transformou em um anime clássico cult que todo fã precisa assistir

Um dos animes mais populares no Japão e também amado no Brasil é Sailor Moon. Baseado em um mangá escrito por Naoko Takeuchi, a série chegou à TV em 1992 e terminou em 1997. A história conseguiu fortalecer o gênero de garotas mágicas. Quando estreou no Ocidente, Sailor Moon aumentou o número de fãs apaixonadas pelo anime, sim, seu maior público é o feminino.

Sailor Moon é uma mistura de amizade, comédia, drama e ação. A trama serviu de base para outro anime, Revolutionary Girl Utena, co-criado e dirigido por Kunihiko Ikuhara, que também foi a força criativa por trás do anime. Foi ao ar no Japão em 1997. 

Kunihiko Ikuhara antes disso, dirigiu várias temporadas e longas-metragens de Sailor Moon. Em 2000, durante uma entrevista, revelou que Utena surgiu de uma ideia rejeitada de um filme de Sailor Moon. Isso porque a história era centrada em Urano e Netuno, um Pégaso Negro e uma perseguição climática a um lugar chamado “O Fim do Mundo”. Quando o produtor deixou o projeto, Ikuhara também se afastou. 

Revolutionary Girl Utena imaginou um conto de fadas com uma espada

Revolutionary Girl Utena conta a história de uma garota que quer se tornar um príncipe e proteger os outros. Ela entra em uma misteriosa academia onde os alunos duelam pelo controle de uma garota conhecida como a Noiva Rosa. A trama não é só uma luta de espadas, pois tem uma história além das lutas.  

Com base em tropos de mangá shōjo, teatro de vanguarda e ricas imagens simbólicas, Utena usa sua estrutura de conto de fadas para explorar temas de gênero, identidade e poder. Para a época em que foi ao ar, a série foi considerada muito ousada para o seu tempo. Ela conseguiu desconstruir as convenções da narrativa shōjo da mesma forma que Neon Genesis Evangelion redefiniu o gênero mecha.

Fica muito claro que Sailor Moon foi uma grande influência para o surgimento de Revolutionary Girl Utena e Kunihiko Ikuhara admitiu isso, em 2000, durante uma entrevista, onde disse que a história das garotas mágicas influenciou a direção criativa de Revolutionary Girl Utena.

Ele descreveu um enredo abandonado para o filme Sailor Moon SuperS que parece um protótipo do surrealismo e das apostas emocionais de Utena. “Sailor Neptune estaria em um sono de 1000 anos em um lugar chamado ‘O Fim do Mundo'”, explicou ele, “e Sailor Uranus era necessária para roubar o talismã das Sailor Scouts… O clímax da história teria sido a cena do rodeio entre Sailor Moon em Pégaso branco e Sailor Urano em Pégaso Negro. Era ousado, estranho e operístico, com o tipo de ambição narrativa que Utena mais tarde realizaria plenamente. Esse filme nunca foi feito. Quando o produtor se afastou de Sailor Moon, Ikuhara também saiu. Mas, como ele disse, “eu tinha uma atração pela ideia de ‘O Fim do Mundo'”.

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Duas garotas mágicas, duas histórias muito diferentes

A primeira vista, você pode pensar que existe uma semelhança entre Sailor Moon e Revolutionary Girl Utena, no entanto, os dois animes seguem em direções muito diferentes. Sailor Moon tem uma história que fala sobre amizade, trabalho em equipe e luta contra o mal com amor e brilhos. Tem momentos divertidos, cheio de emoções. Sua trama conseguiu conquistar o mundo.

Revolutionary Girl Utena pega algumas dessas mesmas ideias de garotas mágicas e as vira do avesso. Tem uma história mais sombria e muito mais simbólica, fazendo perguntas mais profundas sobre identidade, gênero e poder. Nesta produção, Ikuhara usa as ferramentas que aprendeu em Sailor Moon, mas levando-as ainda mais longe para criar algo muito mais pessoal e experimental.

Se você nunca viu Revolutionary Girl Utena, ainda é imperdível para os fãs de anime, mesmo que você não goste de histórias de Sailor Moon ou shōjo. O anime está disponível no Prime Video.

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