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Os vilões de Naruto não se comparam com a nova era de Boruto

Naruto é um dos poucos mangás que conseguiu fazer sucesso no mundo inteiro. A história foi criada por Masashi Kishimoto e teve uma duração de 15 anos, foi uma das sagas shōnen que mistura ação ninjutsu com rivalidades profundas.

Mais tarde, a série ganhou uma sequência, chamada Boruto, que continua a história da próxima geração. A trama tem direção artística de Mikio Ikemoto, a série assume uma nova abordagem, trazendo uma visão própria sobre os personagens e seus vilões.

No encontro de fãs da Konoha Experience de 2024, em Paris, Kishimoto e Ikemoto conversaram com uma plateia repleta de fãs. A turma queria saber deles sobre os vilões da série. Ikemoto explicou que sua visão para Boruto difere da abordagem de Kishimoto em Naruto.

“Este é realmente o mangá do Ikemoto”, admitiu Kishimoto, destacando a transferência de autoria para seu ex-assistente.

Kishimoto e a complexidade moral dos vilões

Na série Naruto, Kishimoto criou inimigos simpáticos. Figuras como Zabuza, Pain e até mesmo Sasuke eram antagonistas com passados ​​trágicos e motivações compreensíveis. “Eu queria mostrar que nenhum vilão é inteiramente mau”, disse Kishimoto.

Ele baseou seus personagens em histórias complexas, levando em conta sua crença de que as pessoas são moldadas pelo ambiente em vez de nascerem más. Para ele, ninguém é totalmente ruim, tudo tem um motivo.

Já Ikemoto criou antagonistas que representam conflitos ilógicos e imprevisíveis. Os vilões de Boruto, não têm uma história que gira tanto em torno de traumas individuais, mas eles são verdadeiros obstáculos que desafiam os nossos heróis. Os vilões acabam, na verdade, impulsionando o crescimento e a maturidade dos protagonistas.

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A Nova Face do Mal: Entre o Caos e a Irracionalidade

“Escolhi inimigos que representam forças irracionais”, disse Ikemoto. Para ele, os vilões representam o caos ou conflitos ideológicos, inevitáveis no cotidiano. Enquanto Naruto frequentemente buscava reformar os oponentes, Boruto enfrenta antagonistas que não podem ser facilmente compreendidos.

Essa escolha do autor abriu caminho para histórias mais surpreendentes e cheias de dilemas morais. Com isso, a jornada dos novos heróis é mais intensa e cheia de surpresas.

A forma de Ikimoto criar seus personagens são bem diferentes de seu mentor. “Começo imaginando a personalidade deles”, explicou, “e depois decido quais roupas eles usariam. As roupas refletem a mentalidade.” Essa filosofia conecta o figurino à psicologia, produzindo pistas visuais que destacam conflitos internos. 

Em Boruto, até o personagem principal precisava ser repensado. “No início, Boruto não tinha uma frustração clara”, disse Ikemoto. Para resolver o problema, a história ganhou mais força com a chegada de Kawaki, um rival com um passado sombrio.

A dinâmica entre eles impulsionou Boruto a desafios que o fizeram amadurecer além da sombra do pai. Ao colocá-lo ao lado de Kawaki, Ikemoto garantiu que o crescimento de Boruto se alinhasse ao seu novo estilo de vilania e conflito.

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