O mangá spin-off de Jujutsu Kaisen Módulo ou Mojuro, como queira chamar, está se provando ser uma expansão absurda de todo o universo de Jujutsu Kaisen, e agora os spoilers do capítulo 7 acabam de ser revelados.
Neste novo capítulo, teremos muitos diálogos, um episódio mais emocional e politicamente simbólico. Enquanto os episódios anteriores estavam mais focados em trazer um grande espetáculo aos fãs e batalhas de maldições, o capítulo 7 dá uma desacelerada.
Embora o novo capítulo dê uma desacelerada, é um capítulo simplesmente insano, especialmente com Cross declarando guerra, o destino de Yuuka sendo revelado, tal como a hipocrisia da humanidade sendo completamente exposta.
A herança misteriosa de Usami

O capítulo 7 de Jujutsu Kaisen Módulo começa com um velho usuário de energia amaldiçoada fugindo pelas ruas, apenas para ser parado por Usami, que dá o comando “Não se mova”.
O homem acaba tirando sarro da cara dele e perguntando como deveria chamá-lo, se era de Sensei, mas Usami calmamente repete o comando, desta vez revelando tatuagens de cobra presas em sua mão.
Em seguida, a frase “Discurso Amaldiçoado” acaba ecoando pela página do capítulo, confirmando que Usami é a pessoa que herdou ou replicou a técnica do Clã Inumaki. Essa é uma revelação gigantesca.
Sendo um descendente real ou simplesmente alguém que acabou aprendendo a técnica que já foi exclusiva, traz uma implicação clara: a sociedade do Jujutsu pós-Culling Game (Arco do Abate) pode ter aberto seus portões para permitir que as técnicas amaldiçoadas fossem estudadas e aprendidas por outros.
Essa revelação acaba sendo um vislumbre de como o mundo realmente evoluiu após todo o caos da era Sukuna e Gojo. Em seguida, Usami subjuga o usuário da maldição e ordena que Mino cuide da prisão.
A hipocrisia humana
Em seguida, o capítulo 7 de Jujutsu Kaisen muda totalmente de narrativa, se concentrando em Cruss, Maru e Tsurugi, e imediatamente acaba se tornando um capítulo muito mais denso.
Cross então confronta Tsurugi sobre sua observação anterior, chamando os sumérios de povo “vizinho”. Para Cross, a ideia é ofensiva e um insulto ao sofrimento que sua raça suportou. Seu monólogo é um dos grandes pontos desse capítulo.
Então, Cross argumenta que os humanos se tornaram completamente complacentes, e que nunca precisaram lutar por sua sobrevivência. Esse privilégio, segundo Cross, os tornou cruéis.
Refugiados e forasteiros acabaram sendo demonizados, e a energia amaldiçoada acabou se tornando um símbolo de superioridade racional. Quando Cross termina seu discurso, a ideia fica clara de que os humanos são hipócritas e que se escondem na moralidade.
Em seguida, ele é questionado se os sumérios coexistiram pacificamente, e Cross responde calma e friamente. Essa troca de palavras acaba reformulando o conflito central de Jujutsu Kaisen Módulo: não humanos contra sumerianos, mas uma luta entre empatia e o preconceito herdado pela hipocrisia humana.
Quando Usami chega, Cross pede permissão para que possa levar seu irmão ferido, Maru, de volta para a nave para tratamento. No entanto, Usami se recusa, temendo que mostrar um alienígena ferido ao seu povo possa levar a um incidente intergaláctico.
Assim, Usami insiste que médicos humanos cuidaram da situação, e Cross relutantemente acaba concordando, mas, em segredo, acaba tomando “emprestado” a identidade de Maru.
Agora Cross está se parecendo com seu irmão, utilizando as bandagens e penteados iguais de Maru, Agora ele está disfarçado, muito provavelmente para se infiltrar nas fileiras humanas para descobrir suas motivações.
Nesse momento, um painel insano e assustador interrompe a sequência. Uma figura absolutamente sombria e parecida com Mahito paira de cabeça para baixo sobre um homem inconsciente.
A declaração de guerra

Após momentos de tensão, o capítulo vai dando uma acalmada enquanto Yuuka, Tsurugi e “Maru” (na verdade, Cross se passando pelo irmão) passam um dia tranquilo juntos. Eles ajudam uma criança perdida em um parque e a energia divertida de Yuuka contrasta totalmente com a frieza de Cross.
Contudo, esse momento de descontração rapidamente se transforma em algo trágico. No capítulo, Yuuka visita um hospital e confessa que está sofrendo de uma doença cerebral, e que lhe restam seis meses de vida. Sua conversa com Cross é uma filosofia insana.
Então ele explica que, como o desespero rouba a alegria das pessoas, substituindo o amor e o riso pelo ressentimento. Yuuka então percebe que essa amargura reflete a de Cross.
A conversa sobre eles com relação à humanidade, fé e crueldade é sim um dos momentos mais assombrosos da série. Yuuka reflete em voz alta sobre a perseguição aos cristãos no Japão, comparando-a a pisar em uma imagem de Cristo para se poder provar a lealdade.
Cross então rebate sua fala dizendo que os humanos, como ela, são seres que simplesmente pisoteiam a vida dos outros sem nem mesmo perceber. Suas palavras finais nesse momento são bem pesadas.
Já no final do capítulo, Cross rompe sua compostura. Ele explode, mas Yuuka se recusa a deixar o ódio vencer. Na página final, ela o desafia, e seu apelo por compreensão, mesmo frente a frente com a morte, se torna o destaque central e moral do capítulo.
Esse é um capítulo em que os fãs verão a troca dos combates pelo confronto filosófico, de crença, de acreditar. A declaração de guerra de Cross, a mortalidade de Yuka, entre outros momentos, criam uma história muito mais profunda e empática.