Dragon Ball é uma franquia das mais populares de todos os tempos, fazendo sucesso no mangá quanto no anime. A história foi criada por Akira Toriyama, para a Weekly Shōnen Jump, dando origem a inúmeros spin-offs, sequências e videogames.
Mas Dragon Ball GT, de 1997, é um dos títulos mais controversos da franquia. Foi a primeira tentativa de ter uma história independente do enredo original de Toriyama. A série dividiu opiniões entre os fãs, que perceberam que a trama fugia do material original. Até mesmo os próprios criadores a classificaram oficialmente como não canônica após o lançamento de Dragon Ball Super em 2015.
No entanto, os fãs admitem que a série foi bem produzida do início até o fim. Dragon Ball GT pode ter sido polêmica, mas não podemos dizer que ela foi um fracasso total.
Dragon Ball GT tem seus altos e baixos
Dragon Ball GT em seus primeiros episódios já mostrava dificuldades com o ritmo e já era possível perceber claramente que ela passava por uma espécie de crise de identidade. A decisão de contar a história a partir da infância de Goku novamente já tinha sido retratada em outras oportunidades. Na verdade, GT pretendia retornar às raízes de Dragon Ball.
Mas Dragon Ball sem o talento de Akira Toriyama teria com certeza problemas. GT bem que tentou resgatar a magia que tornou o mangá famoso, mas deixou a desejar ao não conseguir capturar o espírito aventureiro, a excentricidade e o encantamento que marcaram os primeiros arcos da franquia.
Apesar dos deslizes, Dragon Ball GT alcançou um desfecho que merece reconhecimento
A série apresentou aventuras confusas, pouco envolventes e tediosas no arco de abertura. Até a Saga do Dragão das Sombras de Dragon Ball GT, a história recebeu muitas críticas. No entanto, o uso excessivo das Esferas do Dragão que geraria criaturas malignas trouxe uma abordagem interessante para os lendários artefatos que nomeiam a franquia.
A batalha final apresentou aos fãs o Super Saiyajin 4 Gogeta, antes de Goku invocar a poderosa Bomba Espiritual Universal para pôr fim à ameaça de Omega Shenlong. A partir daí, o final de Dragon Ball GT assume contornos mais ambíguos e abertos à interpretação.
O final deixa você sem saber se Goku não sobreviveu à batalha final, partindo com Shenlong antes que as Esferas do Dragão fossem seladas para sempre. A história avança e mostra cem anos depois, os herdeiros dos lendários Saiyajins se enfrentando em um torneio, sob o olhar silencioso de Goku, agora uma figura quase mítica.
Os momentos finais de Dragon Ball GT não chega ser algo impactante, mas consegue usar esse momento para homenagear seus heróis, dando destaque ao legado que deixaram no mundo. Também revela que o espírito de luta continua vivo em uma nova geração de guerreiros.
Para Goku, não poderia haver final melhor do que se unir ao próprio espírito de Dragon Ball, partindo ao lado do lendário dragão que representa toda a essência da série.
Para um personagem como Piccolo, a quem as Esferas do Dragão estavam explicitamente ligadas, seu destino de afundar com o planeta que seu eu anterior um dia protegeu consegue ser poético.
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Dragon Ball GT: Uma história não canônica, mas profundamente significativa
Em 2024, os fãs são presenteados com o projeto final de Akira Toriyama, Dragon Ball Daima, que ao estrear, revelou-se o sucessor espiritual de Dragon Ball GT. Goku e companhia foram transformados novamente em crianças e enviados em uma nova e emocionante jornada através das dimensões, antes de um Super Saiyajin 4 com um novo visual aparecer e vencer.
Talvez a maior diferença entre as duas séries, esteja em seus finais. Dragon Ball Daima se manteve em aberto, como Dragon Ball se tornou nos últimos anos, sempre deixando a porta aberta para uma nova aventura sem fim. Já Dragon Ball GT deu aos seus personagens um final para as suas histórias.
