Demon Slayer é daqueles anime que se tornaram os queridinhos dos fãs. O estúdio Ufotable conseguiu fazer do anime um sucesso mundial. O estúdio aproveitou um mangá bastante popular para transformar em um anime que é uma verdadeira obra-prima. E o que mais chama a atenção é sua animação de tirar o fôlego.
Tanto o anime quanto o mangá Demon Slayer seguem uma mesma trama principal, mas contam a história de formas distintas, destacando os pontos fortes. O mangá tem uma narrativa mais aprofundada, nos oferecendo diálogos envolventes que prendem o leitor.
Já o anime se concentra mais no conteúdo, com visuais cativantes e cenas de ação impactantes. Quem leu o mangá e assistiu ao anime consegue perceber as diferenças marcantes entre os dois formatos.
Há mais diálogo no mangá Demon Slayer
O mangá Demon Slayer está repleto de diálogos que vão além do que é mostrado no anime. No mangá, os diálogos entre os personagens são bem longos, com uma boa dose de humor e se aprofundando em cada personagem. As conversas se desenrolam melhor e são completas, o que já não acontece no anime. O mangá consegue revelar nuances que passam às vezes desapercebidas na adaptação para a TV.
Para entender melhor, vamos citar uma cena com o personagem Aoi, da Mansão Butterfly, que no anime é retratada como mais gentil devido às escolhas específicas de diálogo. Já a animação precisa ter uma narrativa mais ágil, simplificando certas interações, deixando escapar momentos encantadores e significativos que só podem ser encontrados no mangá.
A narração no mangá é mais perspicaz
A narração no mangá tem um papel muito importante, pois consegue oferecer ao leitor uma visão mais aprofundada dos pensamentos de cada personagem, coisa que nem sempre o anime explora. Já o anime depende mais de recursos visuais e diálogos para transmitir as mesmas emoções.
Essa diferença é especialmente evidente em cenas envolvendo as reflexões de Tanjiro ou as trágicas histórias de fundo de demônios. Outra área importante é a menção da força explosiva de Tengen, apontada no mangá, mas só é visualmente retratada no anime.
Tengen
No mangá, Tengen Uzui é o extravagante Hashira do Som, que após os eventos do Entertainment District Arc, ganha um desfecho mais emocional. Ao lado de Tanjiro e companhia, passa por uma intensa batalha.
Já o anime foca na aposentadoria de Tengen, mostrando o papel que ele assume no The Hashira training arc, mostrando sua transição, onde ele passa a ser uma pessoa mais prática e direta.
Esses momentos acrescentam peso ao arco de seu personagem e à sua decisão de deixar o cargo de Hashira. Para os leitores do mangá, essa exploração mais profunda do arco pós-batalha de Tengen não é bem aproveitada, já no anime, se torna uma adição muito valiosa para se aprofundar significativamente na história do personagem.
Arco de Treinamento Hashira
No The Hashira training arc, o anime consegue se aprofundar mais no processo rigoroso que transforma esses caçadores de demônios nos guerreiros de elite do Demon Slayer Corps. Evidenciando o papel dos Hashira como mentores e inspiração para os membros mais jovens. Também destaca o peso da responsabilidade que acompanha sua posição.
No entanto, neste arco, o mangá trata esse momento de maneira breve, focado mais nos desafios físicos enfrentados. No anime, as lutas ganham um destaque que não têm no mangá. A animação nos apresenta os Hashira também treinando uns com os outros em vez de ensinar outros Demon Slayers. Esta profundidade adicional reforça por que os Hashira são tão reverenciados dentro do Corps.
Emoções Hashira
No mangá, os Hashira são frequentemente retratados como guerreiros estoicos, mas incríveis, que priorizam o dever em detrimento dos sentimentos pessoais. Suas emoções são mais moderadas, enfatizando sua força e foco diante das adversidades.
Mas o anime preferiu mostrar o lado mais emocional dos Hashira, e contar suas histórias de fundo que fizeram deles os guerreiros que são hoje.
No anime, a história de origem de Giyu e Sanemi é muito mais gráfica. Essa diferença faz com que o retrato do anime da Hashira tenha muito mais profundidade e adiciona camadas à história que estavam ausentes no mangá.
Entrada de Muzan
A chegada de Muzan à mansão Ubuyashiki no anime é um ápice de terror cuidadosamente coreografado, A preparação para a guerra que se aproxima dos matadores de demônios contra os demônios já estava latente. Essa cena ficou interessante graças à trilha sonora maravilhosa e à direção cinematográfica que explora os ângulos dramáticos, que nos faz lembrar dos filmes de Bollywood.
A presença de Muzan nesta cena parece verdadeiramente apocalíptica, com seu diálogo reforçando seu desdém pela humanidade. Isso torna seu confronto com a família Ubuyashiki mais angustiante no anime do que no mangá.
O estilo artístico do mangá
A arte do mangá Demon Slayer se destacou já em seu lançamento inicial, e o sucesso do anime ajudou ainda mais a impulsionar. O mangá soube retratar emoções por meio de rostos marcantes e expressivos. Os detalhes que vimos nos painéis mostram cenas pesadas e com diálogos e momentos repletos de ação. Conseguindo perfeitamente o tom sombrio, mas esperançoso, da história.
Já o anime prefere um estilo de arte mais moderno e refinada, algo que se espera de uma produção shonen que teve um bom investimento. O estúdio Ufotable nos presenteia com uma animação excepcional, usando de forma inteligente os efeitos digitais. Os traços originais ganham vida em uma experiência cinematográfica que vem recebendo muitos elogios no mundo todo.
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Cenas Batalha
Enquanto as batalhas do mangá são convincentes em sua própria maneira única de contar a história, o anime leva esses momentos a outro nível. O estúdio de animação Ufotable consegue dar vida às cenas de luta com tamanha qualidade que fica impossível de imaginar a inovação que veio com a criação de visuais tão incríveis que mostram a intensidade de cada batalha.
Isso fica muito mais evidente na representação da dança Hinokami Kagura e nas técnicas explosivas de Respiração Sonora de Tengen, que no anime ganham vida com um visual arrebatador, sendo bem melhores que suas versões no mangá.
Com uma trilha sonora envolvente e um design sonoro que consegue intensificar a carga emocional dos combatentes, transformando cenas já marcantes em momentos realmente inesquecíveis.
Já no mangá, as batalhas dependem principalmente de quadros estáticos e composições criativas de painel, deixando a fluidez e a coreografia nas mãos da imaginação do leitor.