No final de 2023, os fãs de Black Clover apoiaram em massa a corajosa decisão do autor, Yuki Tabata, de mudar o ritmo de publicação do mangá. Saindo da exaustiva rotina semanal da Shonen Jump para um lançamento trimestral na revista Jump GIGA, a mudança visava priorizar a saúde de Tabata e permitir que ele entregasse o clímax da saga final com a qualidade que ela merecia.
Após meses de espera paciente, a empolgação atingiu o pico quando foi anunciado que o mangá retornaria não com um, mas com um pacote de três capítulos de uma só vez. Parecia o presente perfeito para recompensar a lealdade dos leitores e acelerar a trama rumo à sua conclusão épica.
Mas o que era para ser uma celebração se transformou em uma fonte de críticas e frustração para uma parte significativa da comunidade. Muitos leitores agora apontam que tanto o novo formato de lançamento quanto o conteúdo apressado dos capítulos estão prejudicando a saga final, levantando um debate acalorado sobre os rumos que a história tomou.
A faca de dois gumes do lançamento em massa
O primeiro problema é, ironicamente, técnico. A plataforma oficial da Viz Media, onde muitos fãs internacionais leem o mangá, permite acesso gratuito apenas aos três últimos capítulos lançados. Ao soltar três capítulos de uma vez (381, 382 e 383), o capítulo anterior (380) foi imediatamente bloqueado para leitores gratuitos.
Isso significa que, após uma pausa de meses, os fãs que precisavam reler o capítulo anterior para se situar na história foram impedidos de fazê-lo de forma oficial, quebrando o fluxo da narrativa. Mas os problemas não param por aí. A maior queixa reside no ritmo da própria história.
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Correndo para o fim? A crítica ao ritmo da saga final
A sensação de muitos leitores é que Yuki Tabata está com pressa de terminar. Aquela construção de mundo lenta e cuidadosa, que fez de Black Clover um sucesso, parece ter sido jogada pela janela. Nos três novos capítulos, eventos que deveriam levar anos para se desenvolver foram condensados de forma abrupta.
Personagens antigos e aliados improváveis apareceram de repente para se juntar à luta final, sem nenhuma construção ou desenvolvimento que justificasse sua presença. Grandes revelações, como a confirmação de que o filme A Espada do Rei Mago agora é canônico, foram inseridas de forma apressada.
Para muitos, os capítulos soaram mais como um “fan service” para reunir todo mundo para uma foto final do que como um desenvolvimento orgânico da trama.
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De onde vieram tantos aliados de Asta?
A principal crítica ao enredo é como Asta, da noite para o dia, conseguiu reunir um exército de aliados, incluindo antigos inimigos, para lutar contra Lucius. O grande momento de “Vingadores, avante!” dos Cavaleiros Mágicos soou forçado e sem peso emocional, pois a jornada para convencer e reunir todas essas forças foi pulada.
Apesar da frustração, os fãs ainda mantêm a esperança de que Tabata consiga usar os próximos capítulos para amarrar as pontas soltas e entregar o final lendário que a jornada de Asta e Yuno merece. No entanto, a recente leva de capítulos deixou um gosto amargo e um alerta aceso na comunidade.
Os 4 Pontos de Frustração dos Fãs:
- Longas Esperas: Meses de hiato que acabam diminuindo o ritmo do hype.
- Ritmo Apressado: A trama parece estar correndo para o final, pulando desenvolvimentos importantes.
- Problema de Acesso: O lançamento de 3 capítulos de uma vez bloqueia o acesso oficial aos capítulos anteriores.
- Sensação de “Fan Service”: A reunião de personagens soa mais como uma conveniência de roteiro do que como um evento orgânico.
