Por mais de duas décadas, eles foram o padrão de ouro. Luffy, Zoro e Sanji. O capitão, o espadachim e o cozinheiro. O “Trio Monstruoso” dos Chapéus de Palha, o núcleo de poder bruto que derrubou Shichibukais, Supernovas e até mesmo Yonkous. Sua força combinada e, acima de tudo, sua lealdade inabalável, os tornaram a trindade mais icônica e amada dos animes.
Mas, como Eiichiro Oda adora nos lembrar, a história do mundo de One Piece é vasta, e lendas ainda mais antigas e aterrorizantes existiram muito antes de Luffy sonhar em ser o Rei dos Piratas. E no capítulo mais recente do mangá (1162), durante o clímax do flashback de God Valley, Oda nos presenteou com uma cena de arrepiar: a formação de um outro Trio Monstruoso.
E a matemática do poder aqui é brutal. Formado por três das figuras mais lendárias e temidas que já pisaram na Grand Line, este “Trio Monstruoso original” pode não apenas rivalizar, mas, em termos de pura força bruta naquele momento específico da história, superar o trio atual de Luffy, Zoro e Sanji.
A união dos titãs: como Rocks, Kaido e Barba Branca se juntaram
Imagine a cena: God Valley está um caos. Os Dragões Celestiais estão sob ataque, a Marinha está em desespero, e Imu, o governante secreto do mundo, acaba de possuir o corpo de São Saturno, liberando uma onda de poder assustadora. É nesse cenário apocalíptico que a aliança se forma.
Vendo seu capitão, Rocks D. Xebec, prestes a enfrentar a ameaça suprema, um jovem Barba Branca se junta a ele, pronto para a batalha. Logo em seguida, dos céus desce um colossal dragão azul – a forma recém-adquirida de Kaido, que também se une à luta. Por um breve e glorioso momento, vemos Rocks D. Xebec, Barba Branca e Kaido lado a lado, um trio de poder inimaginável pronto para desafiar os deuses.
Veja mais: Vivo ou morto? A verdade surpreendente sobre o fim de Dabi
Poder bruto vs. sonhos: por que o trio antigo pode ser mais forte
A comparação de poder é inevitável. Naquele momento, tínhamos:
- Rocks D. Xebec: O pirata mais forte de sua era, o único homem conhecido por desafiar diretamente Imu e sobreviver (pelo menos na primeira vez).
- Barba Branca: Já em seu auge, empunhando a Gura Gura no Mi, a Akuma no Mi com o poder de destruir o mundo.
- Kaido: A “Criatura Mais Forte do Mundo”, já dominando sua mítica fruta do dragão.
Individualmente, cada um deles era um monstro. Juntos? É difícil argumentar que, em termos de pura força bruta e experiência de combate naquele instante, eles não superassem o trio atual de Luffy (ainda dominando o Gear 5), Zoro (aprendendo a controlar o Haki do Rei) e Sanji (despertando seus poderes Germa).
Veja mais: Órfão de Solo Leveling? Conheça o anime que vai te salvar
A aliança condenada: por que o poder não foi suficiente
Mas aqui está a grande diferença, o “porém” que muda tudo. O trio de Rocks, Kaido e Barba Branca pode ter sido mais forte individualmente, mas eles estavam condenados desde o início. Sua união não era baseada em lealdade ou sonhos compartilhados, mas em conveniência e, no caso de Rocks, em medo.
Sabemos que Rocks morre em God Valley. Sabemos que Barba Branca e Kaido eventualmente seguiram seus próprios caminhos, tornando-se rivais. A tripulação de Rocks era um ninho de cobras, cheia de ambições conflitantes e egos gigantescos. Eles não eram nakama.
E é aqui que reside a verdadeira força do trio de Luffy, Zoro e Sanji. Eles podem não ter (ainda) o mesmo nível de poder bruto individual que as lendas do passado, mas sua força vem de uma confiança cega, de uma lealdade inquebrantável e de um sonho compartilhado. Oda pode ter nos mostrado um trio mais forte, mas ele também nos lembrou por que o trio dos Chapéus de Palha é, e sempre será, o melhor.
Trio Antigo vs. Trio Atual: A Comparação
- Trio Antigo (Rocks, WB, Kaido): Poder individual colossal, experiência vasta, mas movidos por ambição e medo. União temporária.
- Trio Atual (Luffy, Zoro, Sanji): Poder em ascensão meteórica, potencial ilimitado, unidos por lealdade e sonhos. União inquebrantável.
- A Lição de Oda: Poder bruto pode impressionar, mas a verdadeira força reside nos laços e nos sonhos compartilhados.
